sábado, 24 de dezembro de 2011

Era uma vez

Era uma vez um jovem príncipe
que vivia numa torre de marfim,
trancado por sua madrasta perversa,
e sonhava encontrar seu príncipe encantado.

Um belo dia logrou escapar
e saiu pelo bosque
em direção à cidade,
em busca de seu sonho dourado.

No meio do caminho viu um ogro,
que o fitava intensamente;
O príncipe, de medo, correu.

Chegou à cidade e lá viveu
por muito tempo
e vários príncipes conheceu.

Beijou, amou, deu, chorou.

Deu-se conta de que príncipes encantados não existem
ou, se existem, estão mais ocupados
tratando de tornar-se cada vez mais encantados
para ninguém.

E o jovem príncipe, desiludido,
deixou a cidade e casou-se com o ogro.

E foram felizes para sempre,
ou apenas em alguns momentos.

Chico Freitas

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Dormir é para os fracos

Dormir é o que me resta;
dormir sem querer acordar.

E então durmo o dia todo
e não me levanto da cama
nem para viver.

Porque de viver já me canso
e viver nesta realidade
é um duro tormento.

Dormindo sonho
e sonhando fujo da realidade
e da vida.

O sonho é mais doce,
mais belo e mais agradável
que esta realidade amarga, feia e incômoda
na qual estou fadado a viver.

Só quero dormir,
porque só quero sonho,
só quero fantasia.

Mesmo sem sono,
o que quero é dormir e sonhar
e não viver esta realidade impiedosa.

O sonho é a fuga, a saída,
e só quero fugir.

Chico Freitas

domingo, 18 de dezembro de 2011

What the hell means a life?

I don't wanna think,
just wanna talk.

I don't wanna breath,
don't wanna eat,
just wanna drink.

I don't wanna stay,
don't wanna go.

I don't wanna see the reality,
just wanna close my eyes.

I just wanna sleep,
don't wanna wake up anymore.

I don't wanna live,
just wanna cry.

I don't wanna answer anything,
just wanna ask...
What the hell means a life?

Chico Freitas

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Águas passadas

Rio que corre e me leva,
que me leva embora
lenta e tristemente,
exceto quando há corredeiras.

Já faz algum tempo que embarquei
sozinho em meu barco,
já estou longe de onde parti.

Parti das corredeiras que me davam medo,
mas isto já são águas passadas.

Mas as marcas das pedras ainda estão no casco
e ainda há uma poça no fundo do barco.
É água das corredeiras,
que ainda molha meus pés descalços
e apodrece aos poucos a madeira do barco.

Rio que me leva pra longe,
rio que corre agora manso,
que leva uma vida.

Rio que corre em mim
e vai.

Chico Freitas

domingo, 4 de dezembro de 2011

Não estou escrevendo

Só se escreve quando se ama
ou quando dói.

Escreve-se melhor se a dor domina;
bem melhor na dor que no amor,
embora amor e dor se relacionam
tanto na semântica quanto na rima.
Mas este poema não rima com nada,
não tem métrica, não tem nada,
nada mesmo!

É que não tenho mais amor
e, portanto, não há dor alguma em meu peito.
Estou curado, finalmente!
Droga!
Já curei-me!

Ou talvez eu esteja enganado;
talvez eu sinta dor e não sei;
talvez me angustie o fato de não ter o que escrever.

Mas cá estou... ESCREVENDO!
Escrevendo sobre não escrever,
mas escrevo.
É porque me dói não escrever
e amo escrever.

Já vê como amor e dor não existem um sem outro?

Chico Freitas

O dia em que te conheci

Te esqueci no dia em que te conheci...
no dia em que te conheci de verdade.

Não te amo mais, não te quero mais,
desde o dia em que te conheci...
o dia em que te conheci sem máscaras.

Te repudio desde o dia em que te conheci...
o dia em que te conheci sem sentimentos,
sem escrúpulos, sem amor.

Te esqueci no dia em que te conheci;
Não te amo mais, nem te quero, te repudio,
desde o dia em que te conheci.

Chico Freitas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sem luz nem nada

De repente,
sombras.

E, logo,
preto.

Está tudo escuro
e nada vejo.

Negro céu sobre minha cabeça,
negro chão sob meus pés.

Tudo preto.

Preto céu que de estrelas não brilha.

As estrelas despencaram noutro dia
e, sem seus gases, se apagaram.

E a lua? Não sei, mataram-na, talvez.

Não encontro saída,
não enxergo o caminho.

Estou perdido.

Tenho os olhos bem abertos,
mas nada vejo além de trevas.

Como cego, vou tateando à minha volta,
e não toco em nada.

Nenhum passo posso dar,
porque nunca se sabe em que buraco se irá cair.

E não sei se foi a luz que me orientava a que se apagou
ou se minha alma a que enegreceu.

Só sei que tudo é escuro agora.

Chico Freitas

Mais uma vez saudade

De manhã, a luz branda pela janela e você;
e um pão quentinho e requeijão e você.

À tarde, risos e filmes e novelas
e carinho e sexo e você.

À noite, pizza e vitamina e um abraço e você;
e dormir de conchinha e braço dormente
e calor e frio e você.

Hoje, lembrar e sonhar e querer
e não ter e esperar e saudade... sem você.

Chico Freitas

sábado, 26 de novembro de 2011

Sede

Estou sedento,
estou secando,
desidrato.

Se te digo "tenho sede",
vai e me traz um copo d'água,
e não sabe que a minha sede é de você
e que somente a sua boca me sacia.

Estou sedento!
Mate minha sede com seus beijos,
deixe me deleitar em seus lábios!

Não se faça de inocente,
minha sede não é de água,
é sede de amor e de você.

Dê-me de beber!

Chico Freitas

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sóbrio

É quando consigo extravasar,
é quando consigo por para fora
o que está entalado aqui dentro,
o que não passa da garganta e me sufoca.

É quando bebo que digo a verdade que há dentro,
coisas que eu não sei dizer quando estou sóbrio.

Sóbrio, a dor fica no peito, latente, torturante;
quando não, a dor me abandona, está lá fora, distante.

O álcool não é o melhor amigo, nem o melhor remédio,
mas ajuda a esquecer quando não vejo outra saída.

É quando consigo sentir,
é quando consigo não sentir
o que está dentro e não sai,
o que não sai quando estou sóbrio.

Chico Freitas

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

I hate myself for loving you

Do you remember when I said I forgave you?
Then, I throw it away, I don't forgive you, baby.

Do you remember when I said I still loved you?
So, I undo it. I don't wanna see you again.
Please, keep your distance, don't come near me.

Now I'm not fine,
I wanna lose my mind on the floor,
I'm gonna dance until I forget
all the characters of your name.

I hate the tears you made me cry,
but now I cry just for myself,
because...

I hate myself for loving you,
I wasted my time living only for you.
How did I become so fool?
Now, I don't wanna think of you anymore.
I'm gonna forget your face.

Do you remember when I said I needed you?
So, forget it, baby!

Chico Freitas

Sem sentido III

Busco-te, quero-te,
busco-me em ti, busco-me ao buscar-te,
porque tudo o que quero é amar-te,
amar-te é tudo o que eu quero.

Amar-te à vida,
amar-te à morte,
amar-te à Terra ou a Marte,
sempre amar-te,
amar-te com ou sem sentido,
com razão ou sem.

Apenas quero amar-te,
até que me abandone o último sobro de vida
ou até mais além,
se mais além algo houver.

Chico Freitas

O bom amante à cama torna

Como a onda que recua e logo volta,
como tudo que sobe e logo desce,
como a brasa que em fogo se renova,
como a planta cuja folha cai e outra cresce,
assim o bom amor a casa torna.

Sangue que circula pelo corpo
e retorna ao coração,
onde também retorna o amor sincero,
se algum dia se equivoca e vai embora.

Como o ouro que ao soberano sempre volta,
como o corpo que morto ao barro regressa,
também o sol que sempre brilha de manhã
e o bom amante à cama torna.

Chico Freitas

Sem sentido II

Te amo
como se fosses no mundo
o último homem para amar.

Te quero
como se em teus olhos
houvesse toda luz do universo.

Quero beijar-te
como se tua boca fosse
a única fonte de água no deserto.

Deserto em que se tornou minha vida,
desde que te perdi

Noite sem lua, sem estrelas,
flores sem cores,
frutas sem sabores,
oceano sem água,
gaivota sem asas...

Ainda não encontrei significado
para a palavra felicidade,
desde que não és mais para mim.

Hoje tu és sinônimo de saudade,
um vazio em meu peito sem teu amor.

Chico Freitas

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pobre corazón

Mi soledad y yo
volvimos a pelear,
desde que te perdí
no he visto el sol brillar.

Recuerdo cuando yo
te invitaba a bailar,
con tu carita guapa
me decías que
nuestra canción va a tocar.

Ay, pobre corazón,
que va a morir de penas
porque te irás,
voy a rasgar mis venas
y lloverá
mi sangre y trozos de canción.

Chico Freitas

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Born to be loved

No, you can't escape,
you can't deny
you belong to me,
you're essencially mine.

I'm waiting for a decision:
you can stay right here,
but you'll be forever alone,
or you can come back to me
and you'll notice how true is my love.

'Cause you're born to be loved by me,
born to be loved just by me, baby,
and no one else could love you more than me,
no one else will love you like I do, no one!
no one else will move you like I do, no one!
No, no one else can see you like I do.

So let me surround you with my tenderness,
embrace you with my sweet love all the night,
and show you what realy means happiness.

'Cause you're born to be loved just by me,
just by me, baby, just by me!
No one else, no! No one else will love you
like I do, 'cause you're born to be mine.

Chico Freitas

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Entre paredes

Entre paredes somos tudo o que queremos ser,
fazemos tudo o que queremos fazer.
Entre paredes ninguém pode nos separar,
ninguém pode nos dizer o que não podemos.
Entre paredes nosso amor nasceu e cresceu,
sem barreiras, não há limites para amar,
entre paredes.

E algum dia seremos tão fortes
que juntos derrubaremos as paredes
e faremos nossa história lá fora.
Entre paredes e através delas
seremos dois e o mundo
e o mundo lá fora será nosso,
sem paredes.

Chico Freitas

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nós desatados

E de que adianta tentar esquecer?
se quanto mais fujo, mais te penso,
mais te vejo ante meus olhos fechados,
molhados da saudade que me dás.

De que me serve tentar não lembrar?
se quanto mais penso, mais te quero,
mais te desejo entre meus braços, entre minhas pernas,
mais me lembro do teu corpo enlaçado ao meu.

Houvesse apertado mais forte os nós que nos atavam,
teria, talvez, teu sorriso de olhinhos amassados ao amanhecer;
teria, ainda, a paz perdida quando te perdi
no meio da multidão insana que te levou dos meus laços.

E de que adianta pensar no que seria?
se isto não irá te trazer de volta pra mim.

Chico Freitas

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quando o coração se cansa

Basta!
Não dá mais, chega!
Estou cansado, vá embora!
Já chega, basta!

Não posso mais manter em mim o sentimento
que você não mais quis, negou, desprezou,
e que sobreviveu por meio da esperança
que havia em mim, que agora não há mais.

Já estou de saco cheio de te esperar!
Você diz querer me ver, mas nunca vem,
sempre há um pretexto para ficar aí,
distante, longe de mim e da lembrança.

Talvez você tenha medo de fraquejar
e não queira admitir que ainda me quer,
mas agora estou de saco cheio, basta!
Cansei de esperar que você se decida.

Vou viver, independentemente do desejo
de estar do seu lado outra vez e te amar.
Vou recolher minhas asas quebradas, colá-las
e voar por novos horizontes, novos rumos...
Sem você!

Chega!
Basta!
Droga!

Chico Freitas

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A hora do adeus

Ó Vida, se és tu a responsável
por meu tão mau agouro,
melhor solução é tirá-la de mim
de um único e definitivo estouro.

Ó Vida cruel, é impensável
viver deste jeito, arrasado,
sem mais a esperar senão o fim
de uma existência onde até viver é pecado.

Que o fim se antecipe ao momento
marcado de sempre na agenda de algum deus
e acabe de vez com meu triste tormento.

Porque toda a dor e o desgosto são meus,
e bem maiores que o lamento
daqueles que choram na hora do adeus.

Chico Freitas

domingo, 2 de outubro de 2011

Não vim ao mundo a passeio

Não vim ao mundo a passeio!
Uns vieram para enriquecer
e manter girando a roda;
outros para lidar com as gentes,
informando, entretendo ou controlando;
alguns vieram para fazer maldades,
machucar as pessoas, destruir lares;
há também aqueles que vieram para mover
as manivelas, circuitos e engrenagens...
E eu? talvez tenha algo a ensinar,
muito o que aprender!
Tomara não ter vindo só para sofrer!
Mas o que é certo é que sou daqueles
que vieram para amar
e fazer feliz o ser amado...
E como poderia eu me esquecer
que há, sim, aqueles que vieram ao mundo
só de passagem.

Chico Freitas

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sei lá!

Acho que cansei de te esperar,
mas ainda não sei ao certo.
Continuo confuso, perdido, desnorteado...
coração e mente revirados, sem sentido!

Pensei que você fosse dar só uma volta,
mas foi há tanto tempo e não voltou,
talvez nem volte, se perca no caminho.
Já é tarde, estou cansado, sonolento!

Ou quem sabe um dia você queira voltar,
mas eu posso não estar mais te esperando,
posso desistir, ir a outro lugar, sei lá!

Ou talvez eu fique aqui e tranque as portas,
mas não sei, estou confuso, assustado...
É incerto, mas acho que cansei de te esperar, sei lá!

Chico Freitas

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vampirize my soul

Tonight I wanna break away with you,
I want your lethal kiss in my lips,
touch the distant stars as you do.

Take me to the blue heights and deeps,
drown me in the ocean, let me blue,
then lift me up with a starry kiss.

Kiss me forever, kiss me till my tears fall down,
kiss me till my heart stop, till my blood dry.
Vampirize my soul and bring me the night crown,
take me in your arms and show me how to fly.

You can suck all my soul and let me die
or bring me love and bite my heart.
So come to my window and let it start,
tonight we're gonna touch the sky.

Chico Freitas

Sobre escrever e amar

Quanto prazer me dá escrever!
Escrever é dar forma às palavras
e corpo à ideia.
As palavras são a alma da ideia
e a escrita é o corpo.

É o oposto de amar, que é idealizar o corpo
e a alma da pessoa amada;
é figurar em ideias o irreal alheio.
Já a escrita é a concretização da ideia,
é corpo, é excitação, é prazer.

Mas a escrita depende do amor, seja ele qual for,
todo amor provém de amar uma ideia,
próxima ou distante do real.
E sem amor, para que palavra?
para que escrita? de que gozar?

Meu texto é alma e carne;
é amor e paixão, sentimento e tesão.
Meu texto é expressão da minha ideia,
expressão de mim.

Chico Freitas

Água suja

Sou água suja que escorre pela latrina,
suja de um amor desgraçado, triste e impregnado.

É a minha decadência,
meus sonhos indo embora ralo abaixo.

Água que escorre e arrasta o lixo
que vai obstruir o bueiro.

E o lixo é tudo o que me tira o sossego,
é o peso dos desejos destrutivos e inquietantes.

E quando cair a chuva, chuva dos meus olhos,
grande enchente se fará no peito e me afogará o coração.

Asfixiado talvez seja mais fácil
e me conduza ao fim de tudo o que me suja.

o fim é só o começo, o livramento da dor e do desejo
que me empurram pelo meio fio até a boca da latrina.

Quero rolar ralo abaixo.

Chico Freitas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Amor e saudade

I love you
Te quiero
Je t'aime
Ich liebe dich
Ti voglio bene
私はあなたを愛して
Amo você...

tanto que queria aprender a dizer em todas as línguas,
e ainda assim não seria o bastante para me expressar.

mas agora...

I miss you
Te extraño
Tu me manques
Ich vermisse dich
Mi manchi
私はあなたがいなくて寂しい
Sinto sua falta...

e nem todas as línguas do mundo são suficientes,
porque saudade só há na minha... e no meu peito.

Por isso...

Come back
Vuelve
Retourne
Komm zurück
Ritorna
戻って来る
Volte...

nem que eu tenha que aprender todas as línguas do mundo.

Chico Freitas

domingo, 25 de setembro de 2011

Não sou colecionador

Não vou colecionar histórias sem sentido,
aventuras passageiras, amores efêmeros.
Não sou álbum de figurinhas,
sou literatura, sou romance,
e estou sempre me escrevendo.

Mais me vale uma história de verdade
do que inúmeros momentos de vão prazer.
Momentos de intensa luxúria nada me ensinam,
aprendo mais sobre mim, sobre a vida e sobre a gente
quando amo sem pensar que haverá fim.

E ainda que seja meramente uma ilusão,
terei vivido e sentido que vivi pra valer.
E se não for para valer a pena, me pergunto,
pra que viver se é o amor que nos motiva a viver?
É melhor amar menos intensamente, que não amar.

Chico Freitas

In the past

How many mountains I need to climb?
How many deserts I need to cross?
How many oceans I need to swim?
How many lives I need to live?

It seems too much, but it's too little,
'cause I'd do more to take back your love.

You hurt me so deeply,
in the past.
But I still love you,
baby, I love you.
I have already forgiven you.

And I want you right now,
I'm ready to take you in my arms.

Baby, come back to me,
even if you're gonna hurt me again.
Come back to me right now!
For you I'm not afraid to take the risk.
Come back to me,
because the bad grains of sand were in the past.
Come back because
together we can write a brand new story.
Come back to a beautiful future,
you and I.

How many mountais?
How many deserts?
How many oceans?
How many lives
to make you come back to me?

Chico Freitas

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Terappoesia

Escrever é terapia;
cura-se a dor com poesia.
Transformo minhas dores em versos
e as transfiro do meu peito pro papel.

Cada vez que escrevo dores,
logo penso um pouco menos
em quem tenho que esquecer.
Deixo aqui uma parte de mim
e outra parte de você.

Lapiseira de rancores
em caderno de memórias.
Deixo aqui meus sentimentos,
para não sentir depois.

Quem precisa de analista,
antidepressivos, hipnose?
Se a melhor das terapias
é fazer das dores poesia
para, assim, não mais sentir.

O que escrevo está em mim quando escrevo
e pouco a pouco sai de mim e fica no que escrevo.
Talvez fique preso ao verso,
talvez vá pra dentro de quem os lê...
talvez você os leia e minha dor entre em você.

Chico Freitas

domingo, 11 de setembro de 2011

A teoria do erro

Não foi uma luta do bem contra o mau,
foi o impacto do encontro do meu bem
com o seu mal e, também, do meu mal
com o seu bem e vice-versa.

Fomos os protagonistas e os vilões na nossa história.
Erigimos nossos sonhos e nós mesmos os derrubamos,
cada um com seu erro e seu nível de erro.
O erro de um revelou o erro do outro.

Errar é humano e não somos outra coisa, senão humanos.
Erramos porque somos humanos e por ser humano perdoamos,
ou deveríamos. Porque é um engano quando dizem
que o erro é apenas humano e o perdão é divino.

Erremos, sim, mas perdoemo-nos depois, sem banalizar o erro,
para que não se torne impossível a concessão do perdão.
Saibamos amar sem a iminência de ferir-se um ao outro,
para que a nossa história não se macule de erros imperdoáveis.

Chico Freitas

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Gloomy scream

You know I left you in order to suffer less,
backed off from myself in order to stop suffering,
trying to find some lost pieces of happiness.
And I am no longer who I used to be.

My old self is death or lost in a haunted wood.
I guess you are the killer, maybe not...
I don't know if you killed him by a shot
or kept him without water, without food.

Crows are eating all my death soul,
worms are consuming all my last hopes,
vanishing all my memories.

Put a cross right here,
next to this funereal hole
and seal it well so no one can hear
if I scream.

Chico Freitas

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

The ghost

You fired a gun from inside my heart
You killed me inside out
And now I'm floating on your head
But I'm gonna fly away tonight

I'm gonna fly to far, far away
My ghost doesn't wanna haunt you anymore
I have nothing more to say

I'm a forgotten ghost since you left me
'Cause you crushed all my soul unmerciful
But I didn't come here to blame you
Just wanna get what's mine

So give me back my heart
And I'll leave you alone
I'm not cruel, don't wanna hurt
Just wanna love you one last time

Loving you is the only way to heal the pain
Forget and forgive the past for writing a new story
So maybe I can finally reach the glory

Chico Freitas

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Teu

Teu, só teu eu sou,
sempre fui teu.
Meu, não és meu,
nunca foste meu, talvez.

Há aqueles que se doam por amar
e egoístas que recebem sem se dar.
Por amar, de alma e corpo me entreguei
e, pela entrega, pouco a pouco morro, eu sei.

Ai, meu peito, que me aperta o coração,
tem piedade desta alma só de amor,
que anseia por paredes de outra cor,
porque nesta cor sombria não se vive, amor, oh não!

Teu ainda sou.
Sempre serei
de quem meu coração roubou
e jamais mo devolveu.

Chico Freitas

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sugar love, sweet lies

Sugar, as sweet as sugar
was your love.

Sweet, sweet lies, liar love…
Was your love a lie?

Liar, liar love, sweet love.
It was sweet, sugar love.

Your love was sweet,
but it was just a lie.

Sweet love, sweet lies…
Sugar, sugar love.

As sweet as sugar,
as dangerous as sugar
was your love.

Sugar kills,
sweet lies kill,
your love killed me…

Killed me! Killed me!

Oh sweet, sweet love,
just a lie, a sweet lie.

Poison, poison love,
poison sugar, poison lies.

As sweet as sugar,
as dangerous as sugar…

Kill me! Kill me, please!
Kill me again!

Chico Freitas

sábado, 30 de julho de 2011

Amor e rosa

Nosso amor era uma rosa,

de cor intensa e viva,

em suaves e delicadas pétalas.

Mas, em meio a tanta beleza, tanta leveza,

havia espinhos.

Oh, como fui me esquecer dos espinhos?

Custei a descobri-los.

Mas espinhos se podem retirar

e ficar somente a flor.

E você arrancou a flor

e manteve os espinhos, meu amor.

E por que não colhemos outra rosa?

Não vê? É época outra vez.


Chico Freitas

domingo, 3 de julho de 2011

O tempo do meu tempo

As horas passam,
os dias vão,
e tudo permanece igual,
tudo parece em vão.

Os meses que atravesso são degraus que ao pisar afundam
e me trazem de volta pra baixo.

E o calendário avança,
mas permaneço aqui
onde estávamos você e eu,
onde você não mais está,
onde ainda eu estou.

E o tempo não ajuda,
só atrapalha.
Corre na hora errada,
para onde deveria avançar.

Tempo que me enlouquece,
tempo que passa e não passa,
tempo que não cumpre seu papel,
que não apaga as marcas do passado,
que não me ajuda a esquecer
o que deveria ter ficado para trás.

Chico Freitas

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Añoranza

¿Cómo decirte que aún te quiero?
ahora que tú ya estás con él.
Si pienso en ti, aun más me hiero,
me hiero más bajo la piel.

De cuando yo bien te he tenido
aún me acuerdo, vida mía.
Que en aquel tiempo te tenía,
lo recuerdo, sueño mío.

Mi corazón, ¡cómo me duele!
por no tenerte aquí otra vez.
No hay otro amor que me consuele,
en mí no encuentro lucidez.

Que la añoranza me consuma
hasta que no pueda soñar,
porque mis sueños son de bruma
y no te puedo más mirar.

Chico Freitas

sexta-feira, 20 de maio de 2011

9811 - Uma síntese

Por calçadas de concreto e pedras caminhei;
esgotos transbordando saltei;
entre gomas de mascar e bolinhas de borrachas saltitantes
e gibis e pokebolas e tazos e figurinhas autocolantes
e tantas coisas que já nem sei, fui tomando o gosto
por andar e fazer meus caminhos para chegar a algum lugar.

Naquele tempo de caminhos a pé,
entre ilusões e regras e morais e enganos cresci
e ri e chorei e vivi
e fundei meus sonhos num solo que não havia em mim.

A um sítio novo, porém já íntimo, eu fui
e aprendi a fazer meus caminhos sobre duas rodas,
e os novos caminhos não me levavam a lugar algum;
Não obstante, sobre quatro rodas, entre assentos muitos,
ora vagos, ora ocupados, ora meus, ora de outrem,
nesse meio, sim, fazia meu caminho que não era só meu
e chegava a algum lugar.

E foi naquele mesmo tempo caminhos sem rumo e caminhos coletivos,
entre cadernos e letras e números e fórmulas me conheci.
E me ensinaram amores de ideias a construir minha identidade
e a ver que o que eu era não era o que deveras era,
mas o que pensava ser e queriam que eu fosse.
E dali em diante passava a ser o que meus desejos levavam-me a ser.

E ao sítio primeiro tornei e por calçadas de pés em marcha
outra vez fiz meu caminho e ainda assim o faço.
Um novo universo descobri e a ele minha mente abri:
meu mundo em contato com outros tantos mundos e mentes abertas.

E neste mesmo tempo que ainda me alcança,
através das águas, detrás das montanhas,
fez-se concreto o amor em mim, mais além daquele de ideias,
tão concreto que com as mãos podia alcançá-lo.
E constatei que o amor era meu dom maior.
E novamente sobre duas rodas e agora um motor
de amor eu vivi... e golpeou-me o mesmo amor... e de amor morri.

Tempo de maré baixa. E o tempo passou. E quando subiu a maré
e borraram as ondas os passos que para trás ficaram, renasci.
Seguindo o caminho, entre fotos e perfis, entre letras e cores,
olhando para o alto, bem alto e distante, acima das nuvens,
uma nova perspectiva avisto, uma nova pilha de fichas para apostar.
Há uma nova meta para mim, um novo caminho a seguir.
E assim vou vivendo, aprendendo, crescendo e descobrindo algo novo de mim.

Chico Freitas

segunda-feira, 9 de maio de 2011

I need love (give it to me)

I could be yours forever
I’d give you love until we die
And I’d show the better side of life
We’d be until we die together

But all of my works were a waste
I can’t give you love, ‘cause you’re gone
I don’t understand your lies, you’re so wrong
My life is an empty room without you

Oh darling, you missed, you’re my cage
You hurt me, you left me, you’re my missing page
You can kill me now, but I will love you more

Come back, please come back
I need you, I know you need me
Come back, my soul is black
I need love, give it to me

I don’t know how to erase your face

Chico Freitas

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amor ingrato

Amor ingrato,
amor inútil,
amor errado,
amor malvado,
amor que dói,
amor que destrói,
amor que não quero,
amor que há em mim,
amor que me ilude,
amor que mente,
amor sem recíproca,
amor perdido,
amor que era de dois,
amor que agora é de um,
amor que é de um que sofre,
amor que é de um que sente
amor que não morre,
amor que insiste,
amor que fere,
amor cruel,
amor errado,
amor inútil,
amor ingrato!

Chico Freitas

domingo, 1 de maio de 2011

Por que há tanto tempo não escrevo?

Há muito tempo que não sei o que escrever;
há muito tempo que não tenho o que dizer.
E se há tanto tempo não escrevo o que sinto,
é porque em meu coração há tantas coisas imprecisas,
pensamentos, sentimentos, emoções perdidas, confusas,
nebulosas, obscuras, indefinidas, tantas ruas sem saída,
que não sei de que maneira juntar tudo na cabeça, no papel.
Se amo, não sei; se odeio, não sei; se nada, não sei;
se digo, não sei; se escondo, não sei; se vivo, não sei!
Só sei que já nem sei o que acabo de escrever; só sei que dói;
só sei que quero o que queria e já não quero o que antes quis;
só sei que estou perdido em labirintos e armadilhas do coração.

Chico Freitas

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Girassol

Estava tudo tão escuro,
havia tantas nuvens no céu;
prosseguir era tão duro!
minha vida jogada ao léu.

A chuva molhava-me a alma
e a lama encharcava meu pés,
buscando o caminho da calma,
bem longe de tanto revés.

E agora sei, insisto em pensar
que depois da tempestade sai o sol;
já vejo de longe uma luz brilhar.

Enquanto a vida avança como um caracol,
dando voltas sem passar pelo mesmo lugar,
estou de pé, esperando a luz; sou girassol.

Chico Freitas

segunda-feira, 28 de março de 2011

O pódio

Meu coração é um pódio
e você ocupava o primeiro lugar;
folhas de louro, champagne!
honras e glórias para você!

É, mas nem tudo são flores...
tudo ia bem até se saber a verdade;
e a sua trapaça, sua fraude revelada
levou-lhe à desclassificação.

E, quando houver novo torneio,
você estará fora da disputa.
É o preço da sua infração,
punição pela sua transgressão.

Chico Freitas

domingo, 27 de março de 2011

I hate still loving you

You thought I was empty of feelings
You thought you could fool me forever
Then our story came to an ending
You didn’t mind, you never minded

We made so many plans
You filled me with illusions
And I believed it all
I will forget it all
I hope…

But I still love you
And I hate it
I still want you
Why are you gone
If I had the reason to go away from here?
I hate still loving you

I fought with you when I was angry
I said what I thought and hurt your pride
I think it was the reason why you’re gone
And you don’t guess that I still cry

‘Cause you were all my faith
And I need your embrace
It’s everything I ask
Please come back
Because…

I still love you
And I hate it
I still want you
Why are you gone
If I had the reason to go away from here?
I hate still loving you

Oh, all my prayers
For you to come back to me
I can accept all your faults
‘Cause you’re not perfect
You’re just like me

And I still love you
And I hate it
I still love you
And I hate still loving you that way…

I still love you
And I hate it
I still want you
Why are you gone
If I had the reason to go away from here?
Why are you gone
If I had the reason to leave you?

I still love you
I don’t wanna want you that way

Chico Freitas

quarta-feira, 23 de março de 2011

Seu pior pesadelo

Quero que um dia
você acorde no meio da noite
clamando por mim,
precisando de mim desesperadamente,
chorando e suplicando
que eu esteja ao seu lado,
querendo-me e desejando-me como nunca,
pensando que nunca houve
nem haverá pra você
amor mais forte e intenso que o meu;
porque quero ser seu melhor sonho
e seu pior pesadelo.

Chico Freitas

sábado, 5 de março de 2011

Redecorando

Já é hora de limpar a sala!
Mude os móveis de lugar,
tire toda a poeira,
deixe tudo brilhando,
redecore a sua estante.

Troque aquelas velhas fotos
no porta-retratos por novas.
E aquelas flores murchas? Jogue-as fora!
Logo alguém lhe presenteará
flores bem mais vivas e coloridas.

Enquanto isso, coloque flores sintéticas
naquele belo vaso chinês da dinastia Ming.

As de plástico ou tecido você mesmo compra.
Duram muito mais que as flores naturais
que os outros te dão de presente,
pois logo ficam murchas e desbotadas
se não cuidar direito.

As sintéticas alegram a sua sala
enquanto não há um belo arranjo natural naquele vaso,
e você as pode guardar para dar lugar às flores que te dão.
Mas quando estas morrerem, você põe aquelas de volta.
Assim, as cores estarão sempre alegrando o ambiente.

Chico Freitas

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A montanha russa e o barco a naufragar

Você me põe lá em cima,
e logo me põe pra baixo.
Me põe no alto outra vez,
e me deixa de ponta cabeça.

Cansei do sobe e desce;
cansei de dar tantas voltas!
Já sinto náuseas, tonteira...
quanta dor de cabeça!

E para quê?
Pra continuar assim?
Pra não ter a certeza
do que vai ser de mim?

Acho que já passa da hora
de pular deste barco.
Esperei tanto tempo por socorro,
que ele já está cheio d'água.
Vou pular, antes que afunde,
pois não quero ser tragado
e morrer afogado no fundo do mar.

Ainda há chance de nadar até a terra firme.

Chico Freitas

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Não necessariamente nesta ordem

Gosto de beijos
de abraços
carícias
delícias
de flores
de cores
de roupas
de nobres valores
de amar
de sorrir
de criar um sorriso
de filmes
novelas
comédias
de línguas
países
culturas
de arte
de vida
perfumes
de músicas de amor
dançar
cantar
escrever
brincar
passear
admirar o pôr do sol
de açúcar
e doces
verduras
legumes
do verde
do azul
do amarelo
do roxo
de paz
de alegria
de um bom friozinho
de compras
viagens
do campo
da serra
da mata
de boas conversas
gargalhadas
olhares dengosos
beleza
afeto
de ser lembrado
e amado
da sua companhia agradável
de uma cama macia
de sexo com amor
despertar do seu lado
de amigos de verdade
de gente feliz
de harmonia
de sonhos
fantasias
de mim mesmo
de honestidade
de cumplicidade
de respeito
palavras bonitas
gestos tão simples
mas feitos de amor
de tudo que é bom
de ser algo bom
de ser o melhor pra você
de ser todo e somente seu
de amar você
de me apaixonar por você
do seu corpo
dos seus lábios
dos seus olhos
da sua pele
gosto de você, adoro, amo, venero
gosto de tudo isto
não necessariamente nesta ordem

Chico Freitas

Quero ser

Quero ser sempre
o melhor fato da tua vida,
aquele que te faz bem
só de estar perto;
quero ser tua fé
e tua esperança.

Quero ser teu amante,
te amar e respeitar,
até que a morte nos separe,
e teu melhor amigo,
te ouvir e te apoiar,
até não haver amor no mundo.

Quero ser a cura
de todo mal que te assole,
o alívio de toda dor na tua alma;
quero ser a cura
das feridas ainda abertas
que ficaram no teu coração.

Quero ser tua alegria,
teu sorriso, tua vida,
teu amor maior a cada dia;
quero ser bem mais amanhã,
muito mais do que sou hoje
e mais ainda do que ontem.

Porque tu és minha razão de viver,
de ser feliz, de amar-te sempre;
tu és meu céu azul, minha noite estrelada,
meu rio de águas cristalinas,
minha fonte inesgotável de carinho,
a descoberta do que é de verdade amar.

Chico Freitas

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mas não fico sem você

Arrasto a pedra da Gávea ao Arpoador,
levo o Corcovado à praia do Recreio,
faço tudo pra não perder o teu amor.
Sempre juntos você e eu, nisto creio.

Fico sem água, sem pão ou o que comer;
fico sem lar, sem ar, sem a luz do dia,
mas não fico, não! não fico sem você,
sem poder ver em teu olhar a alegria.

Que faço desta vida sem teus lábios junto aos meus?
O que mais posso querer, além de ter você outra vez?
Se tudo do que preciso é o teu sorriso, é ter você.

Não vê que estou a ponto de rogar a qualquer deus?
Pra pedir desesperado meu lugar nos braços teus.
Pra ter o teu perdão, o que não faço? Vai saber?

Chico Freitas

Se tudo me lembra você

Como poderei eu viver
com a lembrança dos tempos
em que você foi meu?

Como posso imaginar
uma vida inteira sem você?

Se tudo me lembra você,
das coisas mais simples do dia-a-dia
às mais específicas sobre você,
como poderia eu te esquecer?

Como poderia eu viver
sabendo que há outro em meu lugar,
que o amor que até ontem te dei
logo outro de dará?

Amor, como posso ficar sem você?
Como posso querer te esquecer?
Viver a lembrança de nós dois,
sem ter você, não será fácil.

Como poderei reprimir
tanto amor e tanta paixão,
guardando no peito o que não quero sentir
por outro, senão por você?

E se tudo me lembra você,
como viver em paz sem ter você?

E se tudo me lembra você,
que amor poderá nascer em mim por outro
se em meu peito o coração chama por você?

Chico Freitas

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Namorado

Namorado, não me deixe
namorado, não se vá
é você que eu sempre quis
quem a vida inteira eu quis

Não pense nunca, namorado
que é mentira quando digo
quando digo que te amo
que te quero do meu lado

Não duvide, namorado
quando digo que quero
que quero envelhecer do teu lado
do teu lado, oh namorado

Namorado, namorado
te namoro, namorado
te namoro apaixonado
namorado, não me deixe

Namorado, a gente erra
você erra, eu também erro
nós erramos, perdoamos
e os pesares superamos

Namorado, meu amado
nunca pense novamente
em não ser mais meu namorado
e nem eu volto a pensar
em não ser mais teu namorado

Chico Freitas

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O edifício

Para você guardo um amor
que não tem tamanho
não se mede

Por você tenho um amor
mais forte que qualquer obstáculo
que apareça no caminho

Errar é humano
e você sabe que errou
tentando destruir de uma vez
tudo o que erguemos até hoje

Mas a estrutura resistiu bem firme
continua de pé
as rachaduras, só no acabamento
não derrubarão nosso edifício

Qualquer dor que eu tenha sentido
este amor logo curou

Nem eu mesmo conhecia
esta minha capacidade de perdoar
só me prometa não abusar

Chico Freitas

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Per non andar mai via... mai!

Sei parte di me
sei la gioia dei miei giorni
il mio cielo blù
il mio regalo grande di più
regalami un sorriso adesso
e ti regalo questa poesia

e doppo vado via
e una settimana tra di noi
che ci separa
e poi ci unisce di nuovo

e poi mi manchi
e ti ricerco nei pensieri
e ti ritrovo tra i desideri
di toccarti ed inseguere
la tua voce che mi prende
il cuore e la mente

e ti aspetto tra il ticchettio dell'orologio
tra le pagine del calendario
lunedì, martedì, mercoledì
giovedì, venerdì...
e ti vedo e poi ti stringo forte

e sai che ti stringerò
per non lasciarti mai
per non andar mai via
per non dirti più arrivederci!
per non sentire la tua assenza
... mai!

ti voglio bene, amore
tu sei proprio mio
io sono proprio tuo
e questo lo sai
e non scordarti mai
... mai!

Chico Freitas