quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sem luz nem nada

De repente,
sombras.

E, logo,
preto.

Está tudo escuro
e nada vejo.

Negro céu sobre minha cabeça,
negro chão sob meus pés.

Tudo preto.

Preto céu que de estrelas não brilha.

As estrelas despencaram noutro dia
e, sem seus gases, se apagaram.

E a lua? Não sei, mataram-na, talvez.

Não encontro saída,
não enxergo o caminho.

Estou perdido.

Tenho os olhos bem abertos,
mas nada vejo além de trevas.

Como cego, vou tateando à minha volta,
e não toco em nada.

Nenhum passo posso dar,
porque nunca se sabe em que buraco se irá cair.

E não sei se foi a luz que me orientava a que se apagou
ou se minha alma a que enegreceu.

Só sei que tudo é escuro agora.

Chico Freitas

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