sábado, 30 de julho de 2011

Amor e rosa

Nosso amor era uma rosa,

de cor intensa e viva,

em suaves e delicadas pétalas.

Mas, em meio a tanta beleza, tanta leveza,

havia espinhos.

Oh, como fui me esquecer dos espinhos?

Custei a descobri-los.

Mas espinhos se podem retirar

e ficar somente a flor.

E você arrancou a flor

e manteve os espinhos, meu amor.

E por que não colhemos outra rosa?

Não vê? É época outra vez.


Chico Freitas

domingo, 3 de julho de 2011

O tempo do meu tempo

As horas passam,
os dias vão,
e tudo permanece igual,
tudo parece em vão.

Os meses que atravesso são degraus que ao pisar afundam
e me trazem de volta pra baixo.

E o calendário avança,
mas permaneço aqui
onde estávamos você e eu,
onde você não mais está,
onde ainda eu estou.

E o tempo não ajuda,
só atrapalha.
Corre na hora errada,
para onde deveria avançar.

Tempo que me enlouquece,
tempo que passa e não passa,
tempo que não cumpre seu papel,
que não apaga as marcas do passado,
que não me ajuda a esquecer
o que deveria ter ficado para trás.

Chico Freitas