quinta-feira, 1 de julho de 2010

Não há ninguém

Às vezes sinto medo
e choro
e não há ninguém
para consolar o meu pranto

Esta noite sinto frio
e tremo
e não há ninguém
para me aquecer agora

Muitas vezes sinto-me só
e canto
e não há ninguém
para ouvir minha voz

Quando me desespero
e grito
e não há ninguém
por quem chamar
grito mais forte

Alguém ouvirá
meu grito
à distância
e haverá alguém
para me perguntar
o porquê

Quando estiver carente
e triste
me amarei por dentro
e haverá alguém
para me amar de verdade

Mas ainda não há ninguém

Chico Freitas

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